quinta-feira, 3 de abril de 2014

Bolsa Família beneficia aproximadamente 10% da população acreana




Lidson Almeida e Caio Campos

Segundo Abelardo Silva, Assistente de Planejamento e Estratégia da Caixa Econômica Federal, no Estado do Acre hoje existem 65.343 beneficiários do bolsa família acumulando mais de R$ 12,5 milhões pagos mensalmente.

A capital do Estado Rio Branco, concentra 33,7% das pessoas assistidas pelos benefícios do programa, são 22.064 mil pessoas, totalizando o valor de  R$ 3,3 milhões de reais, 26,4% do valor pago em todo Estado, ressalta Mourão.

 “No panorama geral, temos 43.277 beneficiários, ou seja, (66,23%) concentrados no interior do Estado acumulando o valor de R$ 9,2 milhões pagos mensalmente nos municípios periféricos. Esses números demonstram que hoje praticamente 10% da população acreana são beneficiários do programa bolsa família”.
No comparativo com Janeiro de 2010, percebe-se um crescimento de 24,7% no número de beneficiários, 13 mil acreanos foram incluídos nos parâmetros do governo federal no período. Vale ressaltar que o percentual de beneficiários concentrados na capital na época era maior 36,02% do total, diz o Assistente de Planejamento.

O Estado do Acre atualmente representa 4,33% da quantidade de benefícios pagos em toda a região Norte.
Em quatro anos só no Acre cerca de 13 mil pessoas passaram a receber o benefício do Governo Federal, o que representa uma média de 3.250 pessoas todos os anos. 


O programa Bolsa Família

O Brasil chega ao século XXI, com um modelo de proteção social complexo que conta com diversos programas sociais em desenvolvimento nas esferas municipais, estaduais e federais.

Segundo o diagnóstico realizado pela equipe de transição do Governo Lula, as experiências em torno dos programas de transferência direta de renda representaram um avanço no campo das políticas públicas. No entanto, a pluralidade desses programas tornou a operacionalidade dispersa e ineficiente.

Dessa forma não foi possível superar características marcantes das políticas sociais tradicionais, tais como: elevado custo administrativo, fragmentação, superposições de públicos-alvo, sistema de cotas de atendimento, competição entre as instituições, entre outras, o que levou a equipe do governo de Lula a propor a unificação de alguns programas mediante a criação do Programa Bolsa-Família (PBF).

No final de 2003, o governo federal instituiu o PBF, integrando quatro programas federais (Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação, Auxílio-Gás e o Cartão-Alimentação), no âmbito do Programa Fome Zero, como parte do eixo articulador nº1, denominado acesso aos alimentos, sob a justificativa de combater à fome e a pobreza.

 Para tanto, pela ótica do governo federal, o PBF possui dois objetivos básicos: o primeiro é combater a miséria e a exclusão social, por meio da transferência do benefício financeiro associado à garantia do acesso aos direitos sociais básicos como a saúde, educação, assistência social e segurança alimentar; e o segundo é promover a inclusão social contribuindo para a emancipação das famílias pobres e extremamente pobres.



          O lado do beneficiário


            Constantes são as críticas no que tange o assunto bolsa família. Muitas pessoas dizem que o programa serve de incentivo para que o cidadão não trabalhe e acabe se acomodando com a situação.

            Para o senhor Aristides Ferreira, (51), que atualmente trabalha como "roçador", essa visão é extremamente preconceituosa, pois, quem depende do benefício nem sempre está desempregado porque quer.

            O roçador ressalta que batalhou para tentar conseguir alguma oportunidade de emprego, porém, por ser analfabeto, inúmeras foram as dificuldades que enfrentou até conseguir o que tem hoje, um emprego. “Só trabalho hoje porque o bolsa família me deu um emprego”, diz Aristides.